Camelódromo da Uruguaiana
Camelódromo da Uruguaiana
Sumário
Camelódromo da Uruguaiana
Como e quando surgiu o camelódromo da uruguaiana no RJ? Como as pessoas conseguiram suas licenças definitivas dos boxes?
O camelódromo da uruguaiana é um dos maiores e mais movimentados centros de comércio popular do Rio de Janeiro. Localizado na rua Uruguaiana, no centro da cidade, o camelódromo abriga cerca de 1.600 boxes que vendem produtos variados, desde roupas e eletrônicos até artesanato e alimentos. Mas como surgiu esse espaço e como os comerciantes conseguiram se legalizar?
A história do camelódromo da uruguaiana remonta à década de 1970, quando a crise econômica e o desemprego levaram muitas pessoas a se tornarem vendedores ambulantes nas ruas do centro. Esses camelôs ocupavam as calçadas e disputavam espaço com os pedestres e os lojistas, gerando conflitos e reclamações. Além disso, muitos vendiam produtos piratas, contrabandeados ou falsificados, o que atraía a repressão policial.
Na década de 1980, os camelôs se organizaram em associações e sindicatos para reivindicar seus direitos e melhorar suas condições de trabalho. Eles também passaram a participar de movimentos sociais e políticos, como as Diretas Já e o impeachment de Collor. Em 1990, eles conseguiram uma vitória importante: a aprovação da lei federal nº 8.078, que regulamentou o comércio ambulante no país.
A lei estabeleceu que os municípios deveriam criar áreas específicas para os camelôs, chamadas de mercados populares, onde eles poderiam exercer sua atividade de forma ordenada e fiscalizada. Foi nesse contexto que, em 1994, o prefeito César Maia inaugurou o Mercado Popular da Uruguaiana, popularmente conhecido como camelódromo da uruguaiana.
O camelódromo foi construído em três galpões na rua Uruguaiana, onde foram instalados os boxes padronizados para os comerciantes. Para ter acesso a um box, era preciso ser cadastrado na prefeitura e pagar uma taxa mensal. Os comerciantes também deveriam respeitar as normas sanitárias, ambientais e tributárias, além de não vender produtos ilegais.
No entanto, nem todos os camelôs conseguiram se adequar às novas regras ou se beneficiar do camelódromo. Muitos continuaram nas ruas, seja por falta de vagas nos boxes, seja por discordância com o modelo imposto pela prefeitura. Além disso, o camelódromo continuou sendo alvo de operações policiais para combater a pirataria e o contrabando.
Em 2013, após uma série de denúncias e investigações, a prefeitura realizou um recadastramento dos comerciantes do camelódromo da uruguaiana. O objetivo era verificar a situação dos boxes e identificar possíveis irregularidades, como aluguéis ilegais, sublocações ou vendas de pontos. O recadastramento resultou na cassação de cerca de 300 licenças e na abertura de novas vagas para os camelôs que estavam na fila de espera.
Em 2016, a prefeitura anunciou uma nova medida para regularizar o comércio no camelódromo da uruguaiana: a concessão das licenças definitivas dos boxes. A medida foi fruto de um acordo entre a prefeitura, o Ministério Público e as entidades representativas dos comerciantes. A concessão das licenças definitivas significou que os comerciantes passaram a ter mais segurança jurídica e patrimonial sobre seus pontos de venda.
Para obter a licença definitiva, era preciso cumprir alguns requisitos, como estar em dia com as taxas municipais, ter participado do recadastramento de 2013 e não ter antecedentes criminais. A licença definitiva tem validade de 20 anos, podendo ser renovada por igual período. Ela também pode ser transferida para herdeiros ou cessionários, desde que autorizados pela prefeitura.
Atualmente, o camelódromo da uruguaiana é um dos principais polos de comércio e lazer do centro do Rio de Janeiro. Ele recebe cerca de 400 mil pessoas por dia, que buscam produtos de qualidade e preços acessíveis. O camelódromo também é um espaço de convivência e diversidade, onde trabalham e circulam pessoas de diferentes origens, culturas e classes sociais.
O camelódromo da uruguaiana é, portanto, um exemplo de como o comércio informal pode se transformar em uma atividade formal, legal e organizada, desde que haja diálogo e parceria entre os poderes públicos e os comerciantes. É também um exemplo de como o comércio popular pode contribuir para o desenvolvimento econômico, social e cultural da cidade.
Referências:
[1] A INFORMALIDADE NO CENTRO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO: O CAMELÓDROMO DA RUA URUGUAIANA. Ana Clara Matos Carneiro Barbosa Pinto. http://geopuc.geo.puc-rio.br/media/Ana_geopuc02.pdf
[2] História da Rua Uruguaiana – Diário do Rio de Janeiro. https://diariodorio.com/histria-da-rua-uruguaiana/
[3] Uruguaiana Rio de Janeiro: Loja, Estação, Leader, Mercado Popular. https://www.encontrariodejaneiro.com.br/agenda/uruguaiana-rio-de-janeiro/
[4] Rua Uruguaiana – Wikipédia, a enciclopédia livre. https://pt.wikipedia.org/wiki/Rua_Uruguaiana
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