O casamento dos padres
O casamento dos padres
O casamento dos padres
A possibilidade dos padres poderem se casar no futuro depende da decisão do Papa, que é o líder da Igreja Católica. O celibato dos padres é uma tradição que começou no século IV, mas não é um dogma, ou seja, uma lei indiscutível. A Bíblia não proíbe o casamento dos líderes religiosos, e há igrejas católicas que seguem o rito oriental que permitem que os padres se casem.
O Papa Francisco já admitiu a possibilidade de rever o celibato dos padres, especialmente em regiões onde há escassez de sacerdotes, como a Amazônia. Ele também disse que o celibato pode levar ao machismo e que há necessidade de nomear mais mulheres para cargos de responsabilidade no Vaticano.
No entanto, ele ainda não tomou nenhuma medida concreta para mudar essa situação. Portanto, a possibilidade dos padres poderem se casar no futuro existe, mas depende da vontade e da coragem do Papa de enfrentar as resistências dentro da Igreja Católica.
A Bíblia diz que o homem e a mulher foram criados para procriarem, mas também para se amarem, se respeitarem e se ajudarem mutuamente. A Bíblia ensina que o casamento é uma união sagrada entre um homem e uma mulher, que reflete o amor de Deus pela humanidade e o mistério da comunhão entre Cristo e a Igreja. A Bíblia também afirma que os filhos são uma bênção de Deus e um dom para os pais, que devem educá-los na fé e nos valores cristãos.
No livro do Gênesis, lemos que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, e lhe deu o domínio sobre a terra e os animais. Depois, Deus disse: “Não é bom que o homem esteja só. Vou fazer-lhe uma auxiliar semelhante a ele” (Gn 2,18). Então, Deus fez cair um sono profundo sobre o homem, tirou-lhe uma das costelas e formou a mulher. Quando o homem viu a mulher, exclamou: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada ‘mulher’, porque foi tirada do homem” (Gn 2,23). E Deus abençoou-os, dizendo: “Sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28).
No livro do Cântico dos Cânticos, encontramos um belo poema que celebra o amor entre um homem e uma mulher, que se desejam, se elogiam e se pertencem. O livro expressa a alegria e a beleza do amor humano, que é um reflexo do amor divino. Por exemplo, lemos: “Como és bela, minha amada, como és bela! Teus olhos são pombas por detrás do véu. Teus cabelos são como um rebanho de cabras que descem pelas colinas de Galaad. Teus dentes são como um rebanho de ovelhas tosquiadas que sobem do banho. Todos têm gêmeos, nenhum deles é estéril. Teus lábios são como um fio de escarlate, tua boca é encantadora. Tuas faces são como metades de romã por detrás do véu. Teu pescoço é como a torre de Davi, construída com pedras lavradas; mil escudos pendem dela, todos escudos de valentes” (Ct 4,1-4).
No livro dos Provérbios, lemos alguns conselhos sobre como escolher uma boa esposa e como tratá-la com honra e carinho. O livro diz: “A mulher virtuosa é a coroa do seu marido” (Pr 12,4). E também: “Mulher forte, quem a encontrará? Ela vale muito mais do que as joias. Nela confia o coração do seu marido, e não lhe faltará nada. Ela lhe faz bem e não mal todos os dias da sua vida” (Pr 31,10-12).
No Novo Testamento, Jesus elevou o casamento à dignidade de sacramento, isto é, um sinal visível da graça de Deus. Jesus realizou o seu primeiro milagre nas bodas de Caná da Galileia, transformando a água em vinho (Jo 2,1-11). Jesus também ensinou que o casamento é indissolúvel e que o divórcio é contrário à vontade de Deus. Ele disse: “Não lestes que o Criador os fez desde o princípio homem e mulher? E disse: ‘Por isso o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher; e os dois serão uma só carne’. Portanto, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, não separe o homem o que Deus uniu” (Mt 19,4-6).
São Paulo também escreveu sobre o casamento em suas cartas aos cristãos das primeiras comunidades. Ele comparou o casamento com a relação entre Cristo e a Igreja, dizendo: “Maridos, amai as vossas mulheres como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). E também: “Mulheres, sede submissas aos vossos maridos como ao Senhor, pois o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador. Assim como a Igreja é submissa a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo submissas aos seus maridos. Maridos, amai as vossas mulheres e não as trateis com aspereza” (Cl 3,18-19).
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